Contribuição da Psicologia no Contexto Hospitalar

Curso: Psicologia - 10ª fase.

Aluna: Sara Helen Kolacki Kohler.

Professora: Grasiele Rosvadoski da Silva.

Matéria: Psicologia Hospitalar.

Trabalho: Resenha Unidade II – Estudo Dirigido.                  Data: 31/05/2018.

Contribuição da Psicologia no contexto hospitalar.

A Psicologia Hospitalar busca comprometer-se às questões  relacionadas  à qualidade de vida dos usuários bem como dos profissionais de saúde, por isto, não se restringe ao atendimento clinico somente, embora esta seja uma prática universal dos psicólogos inseridos no contexto hospitalar. O desígnio que orienta as atividades deste profissional mostra outra visão de individuo, ou seja, uma visão sistêmica, não fragmentada, compreendendo o todo e a interação das partes que o compõe. Vislumbra-se assim, a definição de um ser integrado em suas dimensões biopsicossociais e espirituais, cujo direito à dignidade e respeito devem ser assegurados e promovidos.

O papel principal do Psicólogo no contexto hospitalar é lidar com sentimentos, pois, ao mudar drasticamente do ambiente familiar para o ambiente hospitalar, acaba perdendo sua autonomia e independência. Por este motivo, observa-se que para a humanização hospitalar é necessário que se tenha um profissional da Psicologia a serviço dos pacientes que se encontram internados, e a serviço dos próprios cuidadores. Tem-se visto uma importância muito grande da Psicologia no âmbito da saúde hospitalar, esta que auxiliou a resgatar o humano para além de sua dimensão físico-biológica. A humanização do atendimento por parte dos psicólogos em hospital abrange uma observação e consideração de todo o contexto ligado ao adoecer, o respeito aos temores, crenças e fragilidades dos pacientes e familiares. Aumentar a integração da equipe com os usuários, promover um alivio na angustia e na tensão, estabelecer meios eficazes para se mudar a impressão prevalente da sociedade sobre os hospitais. O trabalho deste profissional, esta voltado também ao favorecimento de um apoio à equipe cuidadora da saúde.

Dentro do âmbito hospitalar temos uma grande equipe envolvida no cuidado com o paciente, composta por diversos profissionais, incluindo aqueles que não estão diretamente atuando com o paciente, mas são responsáveis por outros setores, não deixando de serem importantes, tais eles como: higienização, radiologista, anestesista, copa e cozinha, dentre outros. No entanto, consideramos aqui a equipe multidisciplinar composta pelos profissionais que estão atuando diretamente com o individuo doente, que são: médicos de diversas especialidades, enfermeiros, nutricionista, psicólogos, assistente social, fisioterapeuta de modo que a equipe em conjunto trabalhe visando auxiliar o individuo em sua doença.

O psicólogo no âmbito hospitalar, além de estar inserido na equipe multidisciplinar interagindo diretamente com o paciente, também atua com a equipe hospitalar em geral, pois, estes profissionais vivenciam diariamente questões traumáticas. Deste modo, podendo desenvolver atividades relacionadas à prevenção de problemas relacionados a questões psicossociais e adaptação as rotinas hospitalares. A equipe de saúde é confrontada diariamente com questões ligadas à morte, utilizando muitas vezes mecanismos de defesa, evitando assim entrar em confronto com a angústia, gerada na maioria das vezes pela participação do sofrimento do paciente, tendo como consequência, se não trabalhado adequadamente, o estresse e o sofrimento psíquico. Estes sintomas podem ser potencializados se de alguma forma o trabalho não estiver bem organizado, se houver jornadas de trabalho prolongadas, ritmos de trabalho acelerado, ausência de descanso ao longo do dia, uma intensa responsabilidade na realização de tarefas para um paciente que não expresse suas angustias, irritações e medos.

Portanto, a vivência cotidiana da equipe cuidadora multidisciplinar, pode desencadear sentimentos de frustração, bem como raiva, falta de confiança em si próprio, diminuição da satisfação com o trabalho, podendo inclusive apresentar sintomas de depressão. Com isto, é necessário que estes indivíduos estejam instrumentalizados para lidar com situações que fazem parte de seu cotidiano profissional, recebendo auxilio psicológico e aprendendo a administrar sentimentos vivenciados na prática assistencial.