Curso:
Psicologia - 10ª fase.
Aluna:
Sara Helen Kolacki Kohler.
Professora:
Grasiele Rosvadoski da Silva.
Matéria:
Psicologia Hospitalar.
Trabalho: Resenha
Unidade I – Estudo Dirigido.
Data: 27/05/2018.
Psicologia Hospitalar:
História e definição
Antes de falar de
Psicologia Hospitalar, precisamos entender um pouco de Psicologia da Saúde,
como é denominada e entendida. A Psicologia da Saúde surge na década de 70,
com o objetivo de estudar a natureza e a extensão da
contribuição dos psicólogos para a investigação básica e aplicada dos aspectos comportamentais nas doenças físicas e na manutenção da saúde. Inicialmente entendia-se
que
a Psicologia da Saúde
destinava-se às
doenças físicas e
saúde do
indivíduo, sendo
contrária á Psicologia Clínica,
que
tinha como enfoque a saúde mental e doenças mentais.
Deste modo, a Psicologia da Saúde destacou-se como a área da Psicologia que estuda o comportamento humano no
contexto da saúde e da
doença,
em
busca de compreender
o papel das variáveis psicológicas sobre o cuidado com a saúde. A
atuação do profissional neste contexto pode ser centrada na promoção da saúde e prevenção de doença, nos
serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou doentes e em
pesquisa de ensino. Na sua maioria atuando em hospitais, clínicas e departamentos
acadêmicos de faculdades e universidades.
A primeira definição da Psicologia
da
Saúde diz que pode ser qualquer
aplicação científica
ou
profissional de conceitos e métodos
psicológicos a toda
situação de saúde, não somente nos cuidados de saúde, mas também na saúde educacional, saúde pública, planificação da saúde, legislação, financiamento e entre outros. A Psicologia da Saúde
é uma ramificação da Psicologia que se
aproveita dos conhecimentos dos mais variados campos da Psicologia e de áreas correlatas, tendo
como objetivo promover
e proteger a saúde, prevenir e tratar
enfermidades, identificar a etiologia e o diagnóstico relacionado à saúde, doença
e disfunções associadas, analisar e aprimorar o sistema de cuidados de saúde, além
de
aperfeiçoar as políticas
públicas
de
saúde.
A psicologia Hospitalar desenvolve-se em busca de cada vez
mais
ampliar seus conhecimentos básicos da ciência psicológica e suas extensões na área da saúde, como o impacto do comportamento na saúde e a influencia
de
fatores psicológicos nos estados de saúde e doença. Por este fato a
Psicologia da Saúde
reconhece que os seres
humanos estão
em constante mudança, consequentemente por fatores orgânicos, ambientais e psicossociais, enfatizando cada vez mais
seu
papel ativo no processo saúde-doença.
Compreende-se por Psicologia Hospitalar como um campo com conhecimentos e tratamento de
aspectos psicológicos
em
torno do adoecimento. O fenômeno
de adoecer ocorre quando um indivíduo, submerso em sua subjetividade se depara com o ‟real’’ ou algo concreto, o qual pode ser denominado como doença.
Por conseguinte, natureza patológica, presente em seu corpo, produz uma infinidade de
aspectos
psicológicos e reações
comportamentais, as
quais tornam-se a matéria-prima de reflexão com o paciente, familiares e acompanhantes, bem como a equipe de saúde. A
Psicologia Hospitalar trata de doenças psíquicas e aspectos
psicológicos reflexos de toda e qualquer doença.
Para uma melhor compreensão o surgimento desta especialidade no Brasil,
é necessário falar das políticas de saúde, centradas no hospital desde a década de
40,
em um modelo que se volta para ações da saúde via atenção secundária (modelo clínico ou assistencialista), deixando em segundo plano as
ações
ligadas à saúde coletiva (modelo sanitarista). É neste momento que o hospital passa a ser o símbolo máximo de atenção em saúde, que por alguma forma consiste até hoje esta
ideia.
Deste
modo, o trabalho da Psicologia no
campo
da
saúde é denominado Psicologia Hospitalar e não Psicologia da Saúde. O psicólogo inserido no contexto hospitalar busca junto ao individuo em adoecimento tratar os aspectos biológicos em torno do momento em que esta vivendo.
Em conjunto
com a equipe multidisciplinar, o psicólogo utiliza
da escuta como instrumento
para
amparar o sofrimento deste sujeito. Enquanto
a medicina visa curar a patologia, o psicólogo visa dar ressignificação a posição deste
individuo humano frente à enfermidade.
A psicologia hospitalar é uma especialidade, ou seja, o Psicólogo é graduado em Psicologia, e após sua
formação como Psicólogo ele inicia uma especialização
em Psicologia Hospitalar, de acordo com
seus
interesses. Dentro do contexto hospitalar é utilizada a
Psicoterapia breve, esta prática não é
exclusiva de hospital, mas é necessária, pois, há uma alta rotatividade de pacientes
nesta instituição.
Um aspecto característico e
proeminente da
Psicologia Hospitalar é de
que não
se estabelece uma
meta
ideal para
o paciente alcançar,
mas
aciona
um
processo de elaboração simbólica do
adoecimento.
Por fim, é importante destacar que o profissional
inserido no contexto hospitalar, médico ou psicólogo possua uma habilidade para
a compreensão do homem em sua totalidade, seu diálogo entre mente e corpo, sua
condição biopsicossocial, política e espiritual. Deste modo está atuando com a
verdadeira prática interdisciplinar: compreendendo as contribuições dos campos
em geral científicos que viram lidar com o individuo em seu processo de
prevenção e tratamento de doenças.
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