quarta-feira, 6 de junho de 2018

A Psicologia do Esporte



O que é a Psicologia do Esporte
Psicologia do esporte e do exercício exerce a função de auxiliar indivíduos, seja ele criança ou adulto, na prática de atividades físicas em geral, através do estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contexto esportivo. O profissional que atua nesta área busca aplicar seu conhecimento teórico na prática. Deste modo é necessário que o mesmo utilize dois princípios fundamentais: primeiramente entender como os fatores psicológicos afetam o desempenho físico de um indivíduo e entender como a participação em esportes e exercícios afeta o desenvolvimento psicológico, saúde e o bem-estar de uma pessoa.
A psicologia do esporte é utilizada com a população esportiva em geral, tanto com atletas de elite, auxiliando a atingirem seu desempenho máximo, quanto com crianças, adolescentes, adultos e idosos incapacitados físicos e mentalmente. Mas o maior foco tem se voltado para os fatores psicológicos que englobam o exercício, desenvolvendo estratégias de incentivo para pessoas sedentárias ou até mesmo observando a efetividade de exercícios para pessoas com depressão, então a partir destes pressupostos é denominada a psicologia do esporte e do exercício. Ao escolher a psicologia do esporte e do exercício como profissão, ainda é fundamental delinear uma determinada especialização, podem ser como pesquisador, como professor e como consultor.
Existem dois tipos de campos em especialidades na psicologia do esporte contemporânea: psicologia clinica do esporte e do exercício atua o profissional autorizado e treinado devidamente a tratar indivíduos atletas e praticantes de exercícios que possuem algum tipo de transtorno emocional grave. E na psicologia educacional do esporte, podem ser denominados os profissionais atuantes nesta área de ‘’técnicos mentais’’, pois atuam na educação de atletas e praticantes de exercícios, sobre habilidades psicológicas e seu desenvolvimento, estes profissionais não tem treinamento e autorização para tratar indivíduos que estejam com transtornos emocionais graves.
Atualmente a psicologia do esporte e exercício é bastante conhecida e comentada, mas é importante ressaltar que sua história surge na virada do século XX, sendo divida em cinco períodos conforme será apresentado. O primeiro período marcado pelo seu surgimento (1895-1920), na década de 1890 na américa do norte. Norman Triplett psicólogo da Indiana University e entusiasta do ciclismo investigou os ciclistas, buscando entender o porquê de as vezes quando pedalavam em grupo corriam mais rápido do que quando pedalavam sozinhos. Neste período psicólogos e professores estavam iniciando a exploração dos aspectos psicológicos do esporte, trabalhando superficialmente na área, mas sem uma especialização no campo.
No segundo período (1921-1938) quando Coleman Griffith foi o primeiro a dedicar uma parte de sua carreira a psicologia do esporte, sendo considerado hoje o pai da psicologia do esporte. Franklin Henry marcou o terceiro período (1939-1965) sendo o responsável pelo desenvolvimento cientifico da área, dedicando sua carreira ao estudo profundo dos aspectos psicológicos da aquisição de habilidades esportivas e motoras. Ele treinou muitos professores de educação física ativos, que mais tarde se tornaram professores universitários que iniciaram programas de pesquisa sistemáticos.
O quarto período (1966-1977) é marcado pelo estabelecimento da psicologia do esporte como disciplina acadêmica. E o quinto período (1978-2000) caracterizado pelo grande crescimento da psicologia do esporte e do exercício tanto na américa do norte quanto no resto do mundo. Houve a separação das áreas de aprendizagem, ampliação das pesquisas no campo, tornando-se mais respeitada e aceita pelos campos relacionados como o da psicologia. Atualmente a psicologia do esporte e exercício cresce em todo o mundo, sendo reconhecida tanto como área de concentração acadêmica quanto como profissão.
A psicologia do esporte e do exercício é acima de tudo uma ciência, então é fundamental compreender o conhecimento obtido cientificamente, como ocorre e funciona. A ciência não mais é que algo que os cientistas fazem, algo dinâmico. Não é apenas um acumulo de fatos descobertos por meio de observações detalhadas, mas um processo ou método de aprender sobre o mundo por meio de uma filtragem sistemática, controlada, empírica e critica do conhecimento adquirido por meio da experiência. Na psicologia, ao aplicar a ciência, é necessário seguir etapas, descrever, explicar, prever e permitir o controle do comportamento. Deste modo, para iniciar a testagem de uma ideia, ou seja, ao aplicar a ciência, foram elaboradas algumas regras gerais para pesquisa:
1 – Abordagem sistêmica, que consiste no estudo de uma questão que envolve a padronização das condições observadas e estudas.
2 – O controle das condições, variáveis-chave, ou elementos na pesquisa, são o foco do estudo, com outras variáveis controladas de modo que não influencie a relação primária.
3 – O método cientifico é empírico, baseando-se na observação.
4 – Deve ser critico, ou seja, deve ter uma avaliação rigorosa por parte do pesquisador e de outros cientistas. Assegurando a confiabilidade das conclusões.
O objetivo final do cientista após seguir o processo é chegar a uma teoria, ou um conjunto de fatos inter-relacionados, apresentando uma visão de um determinado fenômeno, então descrever, explicar e prever suas consequências. Nem todas as teorias são igualmente uteis, algumas estão no seu primeiro estágio de desenvolvimento, outras já superaram o teste do tempo. Algumas têm o alcance limitado, já outras uma ampla gama de aplicação.
Uma forma de construir uma teoria é através do estudo e experiências. No estudo, o pesquisador observa ou avalia fatores sem alterar o ambiente. Uma experiência difere de um estudo na medida em que o pesquisador manipula as variáveis ao mesmo tempo em que as observa, deste modo, examina como as mudanças em uma variável afetam mudanças em outras. As vantagens em conduzir uma experiência ao invés de um estudo, é que as experiências podem determinar relações causais. O conhecimento obtido na prática profissional é um exemplo de conhecimento adquirido através da experiência, que ser de diversas fontes e formas de saber, como: método cientifico, observação sistemática, estudo de caso isolado, experiência publica compartilhada, introspecção (examinar seus pensamentos e sentimentos) e intuição (apreensão imediata de conhecimento na ausência de um processo consciente, racional).
O uso efetivo da psicologia do esperto e do exercício na prática requer a participação ativa no desenvolvimento do conhecimento. É de suma importância que o profissional combine o conhecimento cientifico de psicologia do esporte e do exercício com o conhecimento da prática profissional. Ler livros, fazer cursos com a temática de psicologia do esporte e do exercício e até mesmo trabalhar como professor não é o bastante, deve adquirir conhecimento constantemente, é necessário manter-se sempre atualizado das ultimas descobertas cientificas. Assim denomina-se de abordagem ativa a psicologia do esporte e do exercício. A psicologia é uma arte social. Diferentemente da física, pois os seres humanos mudam com o passar do tempo. Os indivíduos participantes das práticas de esportes e exercícios também pensam e manipulam seus ambientes, o que torna o comportamento mais difícil de prever.

Nenhum comentário:

Postar um comentário