Psicologia
do esporte e do exercício exerce a função de auxiliar indivíduos,
seja ele criança ou adulto, na prática de atividades físicas em
geral, através do estudo científico de pessoas e seus
comportamentos em contexto esportivo. O profissional que atua nesta
área busca aplicar seu conhecimento teórico na prática. Deste modo
é necessário que o mesmo utilize dois princípios fundamentais:
primeiramente entender como os fatores psicológicos afetam o
desempenho físico de um indivíduo e entender como a participação
em esportes e exercícios afeta o desenvolvimento psicológico, saúde
e o bem-estar de uma pessoa.
A
psicologia do esporte é utilizada com a população esportiva em
geral, tanto com atletas de elite, auxiliando a atingirem seu
desempenho máximo, quanto com crianças, adolescentes, adultos e
idosos incapacitados físicos e mentalmente. Mas o maior foco tem se
voltado para os fatores psicológicos que englobam o exercício,
desenvolvendo estratégias de incentivo para pessoas sedentárias ou
até mesmo observando a efetividade de exercícios para pessoas com
depressão, então a partir destes pressupostos é denominada a
psicologia do esporte e do exercício. Ao escolher a psicologia do
esporte e do exercício como profissão, ainda é fundamental
delinear uma determinada especialização, podem ser como
pesquisador, como professor e como consultor.
Existem
dois tipos de campos em especialidades na psicologia do esporte
contemporânea: psicologia clinica do esporte e do exercício atua o
profissional autorizado e treinado devidamente a tratar indivíduos
atletas e praticantes de exercícios que possuem algum tipo de
transtorno emocional grave. E na psicologia educacional do esporte,
podem ser denominados os profissionais atuantes nesta área de
‘’técnicos mentais’’, pois atuam na educação de atletas e
praticantes de exercícios, sobre habilidades psicológicas e seu
desenvolvimento, estes profissionais não tem treinamento e
autorização para tratar indivíduos que estejam com transtornos
emocionais graves.
Atualmente
a psicologia do esporte e exercício é bastante conhecida e
comentada, mas é importante ressaltar que sua história surge na
virada do século XX, sendo divida em cinco períodos conforme será
apresentado. O primeiro período marcado pelo seu surgimento
(1895-1920), na década de 1890 na américa do norte. Norman Triplett
psicólogo da Indiana University e entusiasta do ciclismo investigou
os ciclistas, buscando entender o porquê de as vezes quando
pedalavam em grupo corriam mais rápido do que quando pedalavam
sozinhos. Neste período psicólogos e professores estavam iniciando
a exploração dos aspectos psicológicos do esporte, trabalhando
superficialmente na área, mas sem uma especialização no campo.
No
segundo período (1921-1938) quando Coleman Griffith foi o primeiro a
dedicar uma parte de sua carreira a psicologia do esporte, sendo
considerado hoje o pai da psicologia do esporte. Franklin Henry
marcou o terceiro período (1939-1965) sendo o responsável pelo
desenvolvimento cientifico da área, dedicando sua carreira ao estudo
profundo dos aspectos psicológicos da aquisição de habilidades
esportivas e motoras. Ele treinou muitos professores de educação
física ativos, que mais tarde se tornaram professores universitários
que iniciaram programas de pesquisa sistemáticos.
O
quarto período (1966-1977) é marcado pelo estabelecimento da
psicologia do esporte como disciplina acadêmica. E o quinto período
(1978-2000) caracterizado pelo grande crescimento da psicologia do
esporte e do exercício tanto na américa do norte quanto no resto do
mundo. Houve a separação das áreas de aprendizagem, ampliação
das pesquisas no campo, tornando-se mais respeitada e aceita pelos
campos relacionados como o da psicologia. Atualmente a psicologia do
esporte e exercício cresce em todo o mundo, sendo reconhecida tanto
como área de concentração acadêmica quanto como profissão.
A
psicologia do esporte e do exercício é acima de tudo uma ciência,
então é fundamental compreender o conhecimento obtido
cientificamente, como ocorre e funciona. A ciência não mais é que
algo que os cientistas fazem, algo dinâmico. Não é apenas um
acumulo de fatos descobertos por meio de observações detalhadas,
mas um processo ou método de aprender sobre o mundo por meio de uma
filtragem sistemática, controlada, empírica e critica do
conhecimento adquirido por meio da experiência. Na psicologia, ao
aplicar a ciência, é necessário seguir etapas, descrever,
explicar, prever e permitir o controle do comportamento. Deste modo,
para iniciar a testagem de uma ideia, ou seja, ao aplicar a ciência,
foram elaboradas algumas regras gerais para pesquisa:
1 –
Abordagem sistêmica, que consiste no estudo de uma questão que
envolve a padronização das condições observadas e estudas.
2 –
O controle das condições, variáveis-chave, ou elementos na
pesquisa, são o foco do estudo, com outras variáveis controladas de
modo que não influencie a relação primária.
3 –
O método cientifico é empírico, baseando-se na observação.
4 –
Deve ser critico, ou seja, deve ter uma avaliação rigorosa por
parte do pesquisador e de outros cientistas. Assegurando a
confiabilidade das conclusões.
O
objetivo final do cientista após seguir o processo é chegar a uma
teoria, ou um conjunto de fatos inter-relacionados, apresentando uma
visão de um determinado fenômeno, então descrever, explicar e
prever suas consequências. Nem todas as teorias são igualmente
uteis, algumas estão no seu primeiro estágio de desenvolvimento,
outras já superaram o teste do tempo. Algumas têm o alcance
limitado, já outras uma ampla gama de aplicação.
Uma
forma de construir uma teoria é através do estudo e experiências.
No estudo, o pesquisador observa ou avalia fatores sem alterar o
ambiente. Uma experiência difere de um estudo na medida em que o
pesquisador manipula as variáveis ao mesmo tempo em que as observa,
deste modo, examina como as mudanças em uma variável afetam
mudanças em outras. As vantagens em conduzir uma experiência ao
invés de um estudo, é que as experiências podem determinar
relações causais. O conhecimento obtido na prática profissional é
um exemplo de conhecimento adquirido através da experiência, que
ser de diversas fontes e formas de saber, como: método cientifico,
observação sistemática, estudo de caso isolado, experiência
publica compartilhada, introspecção (examinar seus pensamentos e
sentimentos) e intuição (apreensão imediata de conhecimento na
ausência de um processo consciente, racional).
O
uso efetivo da psicologia do esperto e do exercício na prática
requer a participação ativa no desenvolvimento do conhecimento. É
de suma importância que o profissional combine o conhecimento
cientifico de psicologia do esporte e do exercício com o
conhecimento da prática profissional. Ler livros, fazer cursos com a
temática de psicologia do esporte e do exercício e até mesmo
trabalhar como professor não é o bastante, deve adquirir
conhecimento constantemente, é necessário manter-se sempre
atualizado das ultimas descobertas cientificas. Assim denomina-se de
abordagem ativa a psicologia do esporte e do exercício. A
psicologia é uma arte social. Diferentemente da física, pois os
seres humanos mudam com o passar do tempo. Os indivíduos
participantes das práticas de esportes e exercícios também pensam
e manipulam seus ambientes, o que torna o comportamento mais difícil
de prever.
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